Vestido azul Cap. I
Certo dia Elon encontra uma mulher, Giovana, na casa de seu amigo. Ela não é daquela beleza que faz trânsito parar, mas o atraiu. Elon ficou olhando admiradamente para aquela mulher, que aparentara ter por média, 45 anos, nem assim ele se incomodou. Elon ficou tentado a ir até Giovana e dizer que havia gostado dela, porém, por conta que causaria muitas conversas caso o fizesse, ele teria que fazer isso de forma sigilosa. Com o passar do tempo, foram se aproximando, aumentando a amizade, criando intimidade ao ponto dela passar o número de telefone. Ele passou a enviar mensagens de bom dia, diariamente, como se fosse um ritual.
Certo dia, Giovana se dirige até a residência de Elon
para visitá-lo, vestindo um simples vestido azul, na altura dos joelhos e uma
sandália simples, chegando à janela da casa dele, o chama, com a voz um pouco
alta para sobressair o a música que estava tocando.
— Oh! De casa. — Ele aparece na janela.
— Opa! — Surpreso — Que surpresa boa... — Vai até a porta
e abre-a — Entre! — Giovana entra e o cumprimentam com dois beijos no rosto —
Senta. — Sentam no mesmo sofá — Que milagre é esse?
— Pois é. Estava passando aqui perto e resolvi te ver. E
aí, como está?
— Estou bem e você?
— Cansada, mas estou bem.
— Deixa eu pôr uma camisa aqui. — Sai da sala e vai até o
quarto e veste uma camiseta rosa, retorna, sente ao lado dela no sofá. Inicia a
música Goodbye My Lover – James Blunt (Sacha Skarbek / James Blunt). Iniciam
uma conversa sobre vários assuntos, música, religião, outros assuntos até que
surge o tema relacionamentos. Quando chegou neste assunto a conversa fluiu
maravilhosamente.
— Eu comecei cedo, eu era uma menina levada, já fiz
muitas loucuras.
— Elon olhando atentamente, com toda curiosidade do
mundo. — Fala algumas dessas loucuras
— Já fiz no ônibus voltando da praia. — Ele atônito,
ouvindo compenetrado no que ela diz, sem ao menos piscar, na tentativa de
aprender alguma coisa. — Gosto de loucura, dos fetiches... Amo aquelas
rapidinhas, não gosto daquelas demoradas, de uma hora de sexo, Deus é mais.
Cansa os dois. Gosto do sexo cheio de beijos, carinhos... Esse é o melhor sexo.
— Ele, estava ali só de corpo, pois sua mente estava no seu quarto, em sua cama
com aquela mulher, realizando cada movimento, ato, que ela acabara de falar. Ela
o olha, percebe o quão gelado, tenso ele está. — Porque você está assim?
— Assim como?
— Tenso, nervoso, gelado. Você não é desse jeito.
— Não estou não.
— Ah! Está sim, nem parece aquele menino com quem eu
converso sobre tudo, brinco, conto minhas coisas.
— Eu estou normal — Se ajeitando no sofá, na tentativa de
esconder a tensão.
— Tá assim por causa da conversa é? — Se olham, Giovana
chega mais perto e nota que ele está no ápice de nervosismo, passa a mão
direita sobre a coxa dele. — Já me perguntaram se eu tinha percebido o jeito
que você me olha, e eu disse que não. — Olhando nos olhos dele. — Ela disse que
você me olha com desejo.
— E o que você falou?
— Que não havia percebido nada. — Giovana o encara — Você
já me desejou? — Elon congela de vez, esbugalha os olhos.
— Será que ela percebeu alguma coisa? Se eu disser que sinto
tesão por ela a amizade acaba, assim como já aconteceu outras vezes. — Não, te olho normal, como olho para
todo mundo. — Falou ele tentando esconder sua tensão e encerrar o assunto. Elon
colocou a playlist de Alcione, iniciando com a canção Meu Ébano. (Compositores:
Nelson De Morais Filho / Paulo Roberto Dos Santos Rezende). Ela o
encarou, porém não quis insistir.
— Está bem então. — Porque será
que ele está nervoso? Somos amigos, e já conversamos sobre muitas coisas... Vou
tentar diminuir essa tensão dele. —
Cadê o café?
— Espera eu fazer?
— Espero. É bom que eu experimento do seu café, para
saber se é gostoso.
— Só não pode se apaixonar, porque o meu é o melhor daqui
de casa. — Ela o olha como quem não estive acreditando.
— Você vai ver se estou mentindo. — Caminhara até a
cozinha — Tem vinho também, prefere o que?
— Com esse calor, vinho. — Elon pega a garrafa e um copo,
volta para sala e continuaram a conversar.
— Uma vez me disseram que todos os homens olham para
minha bunda e com os olhos de quem quer me devorar, que me acham gostosa, que
eu devo fazer gostoso. O que é uma mulher gostosa ou fazer gostoso?
— Boa pergunta.
— Você deve saber você é homem.
— Nunca me fiz essa pergunta. — Fica pensativo.
— Agora eu estou fazendo. Responde aí.
— Vou pensar mais sobre isso e te falo... — Ela o
interrompe.
— Porque você fica nervoso e sempre quer mudar de assunto
e fica gelado, tenso? Se no Whatsapp a gente conversa de tudo. — No som está
tocando Alcione – Você me vira à cabeça (Chico Buarque / Paulo Sergio Valle).
Elon senta por cima da própria perna, ficando de frente para ela, se olham nos
olhos.
— Sim, — Colocando a mão esquerda sobre a perna direita
de Elon. — Você ainda não respondeu minha pergunta.
— Elon sente o corpo gelar e a garganta secar ao receber
o toque da mão dela em sua perna. — Qual pergunta?
— O que é uma mulher gostosa ou fazer gostoso?
— Me deixa pensar... O que é uma mulher gostosa... — Ele
olha para a janela, tentando buscar no fundo de sua memória alguma resposta. —
É uma mulher com um corpão, aquele que passa e os homens ficam olhando,
desejando ter, aquele que desperta elogios... Eu acho que é isso. — Giovana se
encontra olhando atentamente para ele.
— E o que é fazer gostoso?
— Boa pergunta, eu não sei.
— Pare com isso, está assim só porque está ao meu lado?
Te pergunto porque confio em você e não temos segredos um com o outro. — Tentando
encorajá-lo.
— Hum... — Olhando novamente em direção à janela, como se
lá estivesse a resposta. — Acho que seria uma mulher que não tem tabu no sexo,
que na hora "H" o céu é o limite e que leve o homem à loucura. — Um
breve silêncio paira entre eles, sendo quebrado pela curiosidade de Elon. —
Porque a pergunta?
— Porque alguns homens dizem que pareço fazer gostoso por
conta do balanço do meu quadril. — Ele se surpreende com a resposta.
— Mas você faz gostoso? — Pergunta Elon provocando sua
amiga.
— O que você acha? — Olhando para ele e deixando a bomba
nas mãos dele.
— Não sei só que acredito que sim, que faz gostoso. Porém
só tem um jeito de saber.
— Provando... — Molhando os lábios com a língua enquanto
olha para ele.
— Algum homem já reclamou? — Evitando olhar em direção à
ela.
— Não, até hoje nunca reclamaram. Todos que já provou
sempre volta querendo mais.
— É sinal de que você faz gostoso mesmo. — Se olham,
embalados pela música A Loba de Alcione (Luiz Carlos Jr. Peralva / Paulo Roberto Dos
Santos Rezende). — Sinto que essa música parece contigo. — Ela ouve
atentamente a canção.
— Sou assim mesmo. E como é que você sabe? — Surpresa ao
ver que o jovem a observa.
— Segredo. — Seguido de risos. Um longo silêncio perpetua
no ambiente, Giovana começa ficar sonolenta, Elon mantêm-se olhando para ela
cair no sono. Ele se levanta, senta no chão de frente para ela, Elon diminui o
volume do som, deixando-o ambiente para não atrapalhar o sono de sua amiga,
enquanto ele conserva-se ali, velando o repouso da mulher que ronda seus
pensamentos, imaginações e fantasias proibidas. Dez minutos depois, ele pega o
celular e começa compor um poema.
Fico parado olhando
você dormir
E imaginando por um instante está ali
Deitado sentindo o calor do seu abraço
Enquanto você dorme eu fico sonhando acordado
E também senti o
cheiro do seu cabelo
E também senti o aroma do seu perfume
Desculpe dizer, mas esse é o meu desejo
E peço para que você não se assuste
Se tomei coragem
para te dizer
É forte o que eu estou sentindo
Mesmo que me peça para eu esquecer porque é
proibido
Vai ser difícil não te querer
E mesmo sendo em pensamentos eu vou ter você
Após uma média de meia hora ela desperta e ao abri os
olhos se assusta quando se depara com ele a encarando.
— Porque está me olhando enquanto eu dormia? — Ele apenas
dar um simples sorriso, mantendo seus olhos nela.
— Só estava olhando, o que há de mal nisso?
— Não sei, parece que é um daqueles psicopatas, lhe
olhando para depois lhe matar. — Elon não se segurou e iniciou uma sequência de
risada sem parar, ela o acompanha na risada. — Nem percebi que caí no sono, vou
embora. — Se levanta.
— Vai não, fica mais um pouco. — Também se levanta.
— Está na hora — Abrindo a porta. — A gente conversa mais
pelo Whatsapp e obrigado pela tarde. — O abraça, beija sua face e atravessa a
porta.
Capítulo II
Assim que Giovana virou a esquina, sob os olhos de Elon,
ele lhe mandou mensagem no aplicativo, solicitando para que avisasse quando
chegasse em casa. Elon se banhou, trocou de roupa, sentou na cadeira junto à
mesa da cozinha e começou assistir filme em seu celular quando recebe uma
mensagem de Giovana.
— Cheguei.
— Chegou bem?
— Cheguei sim.
— Sobre a pergunta que você me fez... —
Ele para olhando para a tela do aparelho celular. — Abro o jogo ou deixo
como está? Acontece que ela já deve ter percebido algo, a experiência dela faz
com que perceba quando alguém nos deseja. —
Elon segue pensando nas consequências de sua confissão. Ele volta em si quando
Giovana lhe enviou uma mensagem.
— Qual pergunta?
— Se eu disser corro o
risco dela se afastar de mim. Ai meu Deus, o que eu faço? — Porque eu fico
nervoso perto de você.
— Você fica
mesmo, até parece que a gente nunca conversou essas coisas. Já te disse que
falo certas coisas contigo, pois confio em você.
— É eu sei. Só que
não sei como explicar o porquê fico sem jeito.
— Será que ele fica assim, tenso, gelado, pelo fato de eu
ser namorada do amigo dele? Ou será que não despertei nenhum desejo nele?
— Na verdade
não era esse a pergunta que eu queria fazer.
— E qual era?
— Não sei como
dizer.
— Deixe de medo
e fala?
— É... — Elon
dar uma pausa para organizar as palavras.
— Fala.
— Lembra que
você me perguntou se eu já tinha te desejado?
— Lembro. O que
é que tem?
— É agora ou nunca.
Seja o que Deus quiser. — Mesmo estando com medo do que
pode acontecer, Elon digita. — A resposta é sim.
— Como assim,
"A resposta é sim"? Não entendi.
— Eu
já te desejei. — Colocando em
seguida os emojis dos macacos, um com a mão tampando a boca e outro os olhos.
— Ata.
Eu já imaginava.
— Como
assim, já imaginava?
— Pela
sua reação quando eu te perguntei, percebi que você me deseja.
— Entendi. — Ambos ficam sem mandar mensagem por
alguns minutos. — Como você conseguiu perceber se eu não fiz nada
e nem falei nada?
— Você
esqueceu a minha idade? E quando a gente vai ficando mais velha, ficamos mais
experientes e nós mulheres temos uma coisa chamada intuição, sexto sentido. — Se
ele me quer da mesma maneira que eu o quero, porque ele não falou, já que
estávamos a sós? Será que ele está com medo? Mas medo de que? Ah! Elon se eu te
pego, vou te mostrar como se faz gostoso. —
Todo esse pensamento fez aumentar meu fogo... — Assopra como se estivesse
expulsando a excitação. — Preciso de um banho e se não der certo vou aproveitar
e ir à casa do meu namorado amenizar minha situação. — Vou
tomar um banho aqui.
— Está
certo. Incendiou, foi?
— Quem
foi o culpado?
— Eu
sou inocente —
Acrescentando um emoji do anjo.
— Está mais para
o capetinha que fica provocando. —
Giovana segue para o banheiro, se despe, entra em baixo do chuveiro e sente a
água fria tocar em seu corpo, instantaneamente lembrou-se de seu amigo e o seu
desejo por ele fez com que sua mão tocasse seu corpo de forma gentil,
imaginando sendo ele quem a estivesse acariciando. Percorreu seu rosto, desceu
para seu colo, alisando seu seio direito, fecha os olhos ao constatar um choque
atrevido e um leve gemido, quase imperceptível, é disparado. Sua mão esquerda
desce até sua boceta, um dos dedos se atreve a penetrá-la e quando ela
novamente sente aquela onda de choque caminhar por todo seu corpo, sua perna
estremecer sua consciência lhe condena. — Meu Deus, o que estou fazendo? Estou
ficando louca, me tocar pensando nele. — Ela se joga debaixo do chuveiro no
intuito da água levar embora seu pecado recente. — Olha o que aquele menino me
faz fazer. — Ela termina o banho, se enrola na toalha e segue para o quarto.
Veste uma saia floral, na altura dos joelhos, uma blusa branca e calça sua
sandália rasteirinha e foi para casa de seu namorado, convicta de que ele faça
o que seu amigo não fez. Enquanto Elon está sentado em sua cama lendo O
Assassino dos Números, do autor Marcio Neri. Após terminar um capítulo, suma
mente vai até sua amiga o fazendo parar no tempo e logo seus pensamentos trás
inspiração, levanta, pega o caderno e uma caneta e começa escrever ainda com
Giovana em sua mente.
Se eu pudesse te
dizer tudo o que eu penso
Provavelmente se afastaria de mim
Prefiro viver com esse meu silêncio
Te mantendo aqui
Com certeza você já
sabe
Acho melhor não confessar
Vou seguindo esse impasse
Correr o risco ou me calar
Você desconfia minha
intenção
Mas finge não perceber
Vou sufocando meu coração
Por medo de te perder
Em seguida, ficou pensativo se mostra ou não aqueles
versos para a musa inspiradora e no fim resolveu enviar o texto para ela, e
logo em seguida resolveu se deitar. Na manhã seguinte, ela assim que chega em casa,
chama amigo pelo WhatsApp. — Bom dia. — Elon ainda dorme, por isso não
responde. Ao acordar, Elon levanta da cama rumo ao banheiro, onde faz suas
necessidades, ao retornar para o quarto olha o celular e vê que sua amiga lhe
mandou uma mensagem e prontamente a responde.
— Bom dia, minha
linda! — Em pouco tempo é
visualizada e respondida.
— Oi, dormiu
bem?
— Dormi sim e
você?
— Muito bem.
Acabei de chegar em casa.
— Elon envia um emoji de surpresa. — Como assim, "Acabou de chegar em
casa"? Estava onde? —
Franze a testa enquanto aguarda a resposta.
— Dormi com meu
namorado.
— Ata. Entendi.
Está mais leve agora?
— Estou sim.
Consegui me aliviar.
— Sorte a sua
ter alguém para saciar seus desejos, enquanto eu estou aqui na abstinência.
— Breve você
arruma uma mulher da sua idade.
— Elon responde provocando sua amiga, já com um sorriso
no rosto — E quem lhe falou que quero novinha?
— Não? — Surpresa com a resposta. — E você quer como?
— Prefiro
mulheres mais velhas que eu.
— Porque essa
escolha?
— Porque as mulheres
depois dos 30 já curtiu a vida, já sabem o que quer, não são de sair. Quero
alguém para somar, me ajudar em tudo, lado profissional, nos estudos... Um
ajudando o outro.
— Entendi. Tem
razão. Depois que a gente chega certa idade ficamos mais em casa, queremos mais
carinho do que estar saindo. Mas porque essa escolha? Geralmente os jovens
preferem outros jovens.
— Eu não sou de
sair, curtição, então quero alguém que goste de ficar em casa, assistir filme,
fazer alguns programas a dois, que não seja tão possessiva (Porque as mais
velhas entende que espaço é necessário e as "novinhas" querem prender
e não tenho saco para isso).
— Eu gosto de
ficar em casa fazendo os programas a dois, só que também gosto de sair, curtir.
— Do mesmo jeito
que as mulheres da minha idade?
— Desse jeito,
não.
— Então. Você consegue entender que seu namorado precisa
ter o espaço dele, para as amizades, as coisas que ele gosta de fazer, não é?
— Todo mundo precisa de momentos sozinhos, sem namorado
ou namorada.
— Por isso. Meu
ultimo namoro não tive muito isso, queria está 24 horas grudados. — Ela não responde, olhe olha para a
parte superior da janela de conversa e percebe que Giovana não está mais
online. Ele aproveita e resolve ir à casa de um dos amigos dele, tira a
bicicleta da garagem e após fechar toda a casa, sai. Dentro de quinze minutos o
celular de Elon toca, ele para no canto da rua e visualiza que Giovana está
ligando para ele, logo atende. — Oi.
— Cadê você?
— Estou perto do centro, por quê?
— Cheguei em sua casa e você não estava.
— Acabei de sair, você está ainda estar em minha casa?
— Sim, estou aqui ainda. Vai vim?
— Espera um pouco que já estou chegando. — Elon dar meia
volta e retorna a sua residência com certa rapidez. Ao virar a esquina da rua
onde mora avista sua amiga em pé diante seu lar. O mesmo para ao lado dela,
cumprimenta com um beijo no rosto, um pouco abaixo da bochecha ainda distante
do canto da boca, desce da bicicleta, abre o portão e entra, Giovana entra logo
atrás. Ao entrar ambos sentam no sofá de dois lugares, ficando juntos, quase
tocando as pernas um do outro. Se olham por um tempo, sem proferirem uma
palavra sequer até que Elon quebra o silêncio com a voz ofegante devido a
rapidez com que veio ao encontro de sua amiga. — O que foi?
— Não falei nada. — Mantendo seu olha penetrante nele.
— Você quer ouvir o que? — Tentando mudar de assunto e
quebrar o clima.
— O que você quiser. — Ela responde sem desviar os olhos
dele. — Eu
não consigo entender esse menino, ontem ele disse que me deseja, mas quando eu
perto ele fica parado. Vou ter que agir para ver até onde posso ir. — Você não sabe o que eu fiz.
— Assustado com o comentário de Giovana, Elon pergunta. —
Tenho até medo de perguntar... O que você fez?
— O que eu imaginei fazer contigo, fiz com meu namorado.
Ele não conseguiu nem ir trabalhar hoje e tudo por sua causa.
— Por minha causa? — Surpreso com a confissão.
— Sim, sua culpa. O que aquele poema me provocou, tive
que me saciar de qualquer jeito. — Se ele vacilar aqui eu pego ele à força. Só
assim vou ver se ele é homem mesmo.
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